VEJA
Em entrevista ao site de VEJA, Antonio Augusto Figueiredo Basto diz que não pode comentar teor de depoimentos
Crime perfeito: em depoimentos à Polícia Federal e ao
Ministério Público, o doleiro Alberto Youssef relatou que as “doações
legais” das empreiteiras foram a fórmula criada para esconder a propina
(BG PRESS/VEJA)
Basto explicou que, devido ao segredo de Justiça, não pode comentar o processo de delação premiada de Yousef e nem fornecer qualquer detalhe sobre as declarações do doleiro. “Sobre a reportagem, o que eu disse é que não concordo com o vazamento dos depoimentos. Mas isso, num país que tem imprensa livre, cabe às autoridades investigar quem vazou”, disse o criminalista.
O senhor nega que Alberto Youssef tenha dito que o Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras? Eu acho que as minhas declarações estão sendo usadas politicamente. Não posso me manifestar sobre um fato que é sigiloso. Nunca desmenti a reportagem da revista. Eu não posso desmentir um fato sobre o qual não posso me manifestar.
Mas o senhor tem conhecimento do teor do depoimento prestado na terça-feira. O que estou dizendo é que não posso confirmar o teor dos depoimentos porque eles são sigilosos.
A reportagem de VEJA afirma que as declarações foram prestadas na presença de um procurador e de um delegado. Sobre a reportagem, o que eu disse é que não concordo com o vazamento dos depoimentos. Mas isso, num país que tem imprensa livre, cabe às autoridades investigar. A imprensa é livre para divulgar o que apura, mas não posso me manifestar sobre um conteúdo que é sigiloso, sobre o qual não tenho autorização para falar. A defesa sabe de tudo que é dito nos depoimentos, mas não se pronuncia nem para desmentir nem para confirmar.