Empreiteira deu US$ 23 mi, diz ex-diretor da Petrobras
A informação teria sido divulgada por investigadores da Operação Lava Jato, segundo reportagem de Mario Cesar Carvalho.
Costa era responsável pela obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, quando a empreiteira de Marcelo Odebrecht obteve um contrato de R$ 1,48 bilhão, em consórcio com a OAS.
Acusado de envolvimento no esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela PF, de lavagem de dinheiro e pagamento de propina a servidores, Costa fechou um acordo de delação premiada e passou a cumprir prisão domiciliar desde a tarde de ontem.
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União também apontou que a Camargo Corrêa, Odebrecht e OAS superfaturaram seus contratos na obra de Abreu e Lima em R$ 367,9 milhões.
Recursos devolvidos
Como parte do acordo de delação premiada, os recursos recebidos como propina por Paulo Roberto Costa serão devolvidos ao estado brasileiro.
Um dos pontos do acordo diz que, caso esteja mentindo, Costa perderá todos os benefícios da delação premiada e voltará à prisão. Ontem, ele saiu da cadeia, no Paraná, e foi levado ao Rio de Janeiro, onde ficará em prisão domiciliar.
O juiz Sergio Moro, que conduz o processo, pretende agora, incriminar os corruptores. A Odebrecht é hoje uma das maiores empreiteiras do País, ao lado de outros nomes também citados na Operação Lava-Jato, como OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.