A
nove dias da eleição mais binária da história brasileira, a economia
está parada, de acordo com vários relatos de empresários nos últimos
dias.
Como em toda recessão, os negócios de margem baixa e custo fixo alto são os mais vulneráveis, como o varejo e construtoras.
“A desaceleração é bem maior do que os números estão mostrando,” diz um empresário que tem negócios nos dois setores. “O pessoal que está na ponta do comércio sabe que a coisa está péssima. É o dono da loja que fala, é o gerente que fala, é o corretor de imóvel que não tá recebendo comissão.”
“A economia está parada. Não sai nada em Porto Alegre, não sai nada no Rio, nada na Bahia. Em muito pouco tempo, vamos ter muita empresa pedindo recuperação judicial se essa coisa não destravar.”
No mercado imobiliário, as transações passaram a ser ocasionais. “A PDG outro dia fez um feirão e vendeu tudo porque deu esse mega desconto, mas eles não estão preocupados com a margem.”
Em imóveis comerciais, é comum se ver distratos de 20% porque os bancos estão mais restritivos no crédito e porque o preço dos imóveis parou de subir, o que tem levado os especuladores a jogar a toalha.
“Esse clima obviamente segura as encomendas para o Natal,” diz outro empresário do varejo. “Minha sorte foi que eu pisei no freio bem antes. Fiz bastante caixa para o caso de ter que precisar injetar dinheiro nos próximos meses.”
No mercado financeiro, o diagnóstico é o mesmo: “A procura por capital de giro junto ao nosso fundo de crédito privado dobrou no últimos meses, e as estórias estão cada vez piores,” diz um gestor.
Coincidentemente… ontem, o Governo editou uma Medida Provisória para estimular os bancos a fazer empréstimos para capital de giro.
No mercado, há quem especule até que o rumor de que o Banco Central pretende obrigar as processadoras de cartões de crédito a pagar aos lojistas mais cedo seja outra medida desenhada para ajudar as empresas a respirar.
“Acho que esse negócio pode estar sendo considerado mesmo, porque eles estão vendo como as empresas estão apertadas e querem jogar uma boia.”
VEJA Mercados convida os leitores a postar abaixo (ou em nossa página no Facebook) seus relatos sobre o estado da economia, para o bem ou para o mal.
Por Geraldo SamorComo em toda recessão, os negócios de margem baixa e custo fixo alto são os mais vulneráveis, como o varejo e construtoras.
“A desaceleração é bem maior do que os números estão mostrando,” diz um empresário que tem negócios nos dois setores. “O pessoal que está na ponta do comércio sabe que a coisa está péssima. É o dono da loja que fala, é o gerente que fala, é o corretor de imóvel que não tá recebendo comissão.”
“A economia está parada. Não sai nada em Porto Alegre, não sai nada no Rio, nada na Bahia. Em muito pouco tempo, vamos ter muita empresa pedindo recuperação judicial se essa coisa não destravar.”
No mercado imobiliário, as transações passaram a ser ocasionais. “A PDG outro dia fez um feirão e vendeu tudo porque deu esse mega desconto, mas eles não estão preocupados com a margem.”
Em imóveis comerciais, é comum se ver distratos de 20% porque os bancos estão mais restritivos no crédito e porque o preço dos imóveis parou de subir, o que tem levado os especuladores a jogar a toalha.
“Esse clima obviamente segura as encomendas para o Natal,” diz outro empresário do varejo. “Minha sorte foi que eu pisei no freio bem antes. Fiz bastante caixa para o caso de ter que precisar injetar dinheiro nos próximos meses.”
No mercado financeiro, o diagnóstico é o mesmo: “A procura por capital de giro junto ao nosso fundo de crédito privado dobrou no últimos meses, e as estórias estão cada vez piores,” diz um gestor.
Coincidentemente… ontem, o Governo editou uma Medida Provisória para estimular os bancos a fazer empréstimos para capital de giro.
No mercado, há quem especule até que o rumor de que o Banco Central pretende obrigar as processadoras de cartões de crédito a pagar aos lojistas mais cedo seja outra medida desenhada para ajudar as empresas a respirar.
“Acho que esse negócio pode estar sendo considerado mesmo, porque eles estão vendo como as empresas estão apertadas e querem jogar uma boia.”
VEJA Mercados convida os leitores a postar abaixo (ou em nossa página no Facebook) seus relatos sobre o estado da economia, para o bem ou para o mal.