Suspeita de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, Marice está presa desde a última sexta-feira. Para o Ministério Público Federal, é ela quem aparece nas imagens captadas pelo circuito de segurança de duas agências bancárias fazendo depósitos na conta de Giselda Rousie de Lima, esposa de Vaccari.
Com base nas imagens, a promotoria sustenta que Marice teria mentido em depoimento ao dizer que nunca fez depósitos na conta da irmã. Porém, em declaração enviada à Justiça, Giselda afirma que é ela quem aparece nas imagens e que as agências seriam próximas ao trabalho e residência dela.
No despacho da decisão, Moro escreveu que “não sendo ela [Marice] a responsável pelos depósitos, não mais haveria prova, pelo menos, de que teria reiterado a prática de crimes após o início das investigações”.
Na última terça, o juiz prorrogou a prisão temporária de Marice. Naquele momento, ele afirmou que “os vídeos apresentados não deixam qualquer margem para a dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima”.
Segundo ele afirmou naquele momento, “o mais perturbador” do caso seria a “prática delitiva não se encerrou com o início da fase ostensiva da operação”. As imagens do circuito interno de TV da agência são datadas nos dias 02 e 06 de março de 2015, portanto, posteriores à condução coercitiva de Marice, em novembro de 2014.
Marice teve mandado de prisão temporária expedido na terça-feira da semana passada (14) quando foi deflagrada a 12ª fase da Lava Jato. Como estava fora do país, ela se apresentou à Justiça na última sexta-feira. Ela é suspeita de repassar propina da OAS para o cunhado, João Vaccari Neto.