Por José Reinaldo Tavares


Que o Flávio Dino é um político muito preparado, todos sabem. Poucos sabem é da sua determinação em fazer um governo eficiente, capaz de vencer as imensas dificuldades e de mudar uma realidade firmemente ancorada na pobreza, analfabetismo, fome, corrupção generalizada e suportada por um sistema de comunicação que leva a grife da Rede Globo.
Essas foram as causas do domínio por tanto tempo.
Portanto, Flávio sabe que em seu governo não pode haver privilégios, tampouco tratamento desigual a ninguém. Seu governo será baseado em regras claras e aí não cabem exceções de nenhuma natureza. Sua formação e seu desempenho no Judiciário e no Legislativo lhe iluminam o caminho e sua vasta cultura pessoal lhe dá o embasamento necessário.
Dessa forma, a cultura que se estabelecerá é aquela em que, por exemplo, diretores de hospital têm que ter formação adequada e essa regra evitará o compadrio. Diretores de escola também serão eleitos e não mais indicados pelos políticos. Isso evitará o que vem ocorrendo atualmente, em que cargos de direção nas escolas são ocupados por pessoas totalmente inadequadas e todos nós sabemos como é importante um diretor (ou diretora) capacitado para melhorar o aprendizado dos alunos.
O “décimo terceiro salário” do Bolsa Família que ele havia prometido na campanha encontrou uma finalidade muito importante: o calçado, a mochila, os cadernos, lápis, caneta, lápis de cor e livros didáticos tão importantes para as crianças e um alívio para os pais na época de volta as aulas.
Na mesma linha, o anúncio de que quando findar o seu mandato não haverá mais escolas de taipa sem banheiro, sem água, sem eletricidade.
Ou seja, escolas dignas para o conforto de alunos, condições de ensino adequada para professores e tranquilidade dos pais.
Não bastasse isso, todos os componentes de cargos de direção no governo terão que ter a ficha limpa mesmo, não é mais letra morta de legislações nunca cumpridas. Ademais, a criação da Secretaria de Transparência e Controle certamente constituirá um divisor de águas na gestão da coisa pública do Maranhão.
Encarregar um dos melhores advogados maranhenses, um jovem extremamente preparado para montá-­la e dirigi-­la, promover os treinamentos a que serão submetidos os secretários e sua equipe de apoio e dar transparência a todos os atos que ocasionem dispêndio de dinheiro público permitirá uma diminuição de mau uso dos recursos e de problemas com prestações de contas.
Digna de nota foi também a ênfase dada no combate à pobreza e as suas causas, fator determinante para que o governador colocasse entre suas medidas primeiras o programa IDH+, focado em melhorar esse indicador que envolve educação, saúde e renda inicialmente nos 21 municípios maranhenses que estão entre os 100 municípios de pior IDH no país.
Uma evidência objetiva de um governo que não tem medo de encarar a realidade de pobreza que domina o estado. Um desafio! Eu, no passado, no meu governo, coloquei a melhoria do IDH do Maranhão como meta síntese para a minha gestão. A teto seria atingir 0,700, pois o que tínhamos mal passava de 0,628. Alcançamos a meta, mas a metodologia de cálculo do indicador foi alterada, os números mudaram e a referência se perdeu. No meu caso, o professor José Lemos nos mostrou o caminho e a programação do governo foi ajustada com essa finalidade.
Mas veio Roseana e interrompeu tudo que havíamos feito e avançado. Tem que ser assim, com foco total, ou não se consegue a mudança. Foi aí que criamos o Fundo Maranhense de Combate à Pobreza, que é fundamental para alicerçar qualquer programa sério com essa finalidade. Roseana, que não tinha programa nem foco algum, usou o dinheiro com outras finalidades que não aquelas para que foi criado o mecanismo. Hoje a arrecadação do fundo chega a 250 milhões de reais, uma ferramenta importante que, bem usada por Flávio, fará a diferença e dará suporte aos programas implantados por ele.
Lamentável só foi mesmo a total falta de colaboração e de dever cívico e republicano por parte de Roseana Sarney e por parte do seu governo, ao sonegar informações com o único intuito de atrasar medidas importantes do governo de Flávio Dino. Este verdadeiramente assumiu no escuro e teve, inclusive, que entrar com medidas judiciais para frear a gastança predatória de recursos do erário. É claro que muitos ex­-secretários tiveram um procedimento correto, mas a governadora e seu núcleo central tiveram uma péssima atitude e o que fizeram só mostra o atraso político do grupo oligárquico.
Agora, o governador do Maranhão, por meio de projeto de lei, propõe regras para a transição entre governos, o que garantirá que daqui para a frente a tremenda baixaria praticada não mais se repetirá. Flávio começou muito bem!
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