Flávio Dino prevê congelamento de R$ 800 milhões previstos para custeio da máquina pública. Saldo deixado pela antecessora é de R$ 24 milhões
Roseana Sarney
(Ed Ferreira/AE/VEJA)
Os valores foram apresentados a jornalistas em São Luís (MA) nesta manhã pelos secretários Marcelo Tavares (Casa Civil) e Cynthia Mota (Planejamento). Eles estimaram que as dívidas correspondem a cerca de 10% do Orçamento do Maranhão em 2015. Só os gastos de janeiro devem consumir cerca de 893 milhões de reais.
Pelo Twitter, Dino afirmou que os dados financeiros do Estado "lhe foram negados" durante o período de transição pela equipe de Roseana e Arnaldo Melo – o presidente da Assembleia Legislativa assumiu um mandato-tampão com a renúncia da ex-governadora em dezembro do ano passado.
O governador do PCdoB afirmou que "tomará as medidas cabíveis". O governo pretende congelar R$ 800 milhões (30%) previstos para custeio da máquina pública.
Precatórios – De acordo com o secretário da Casa Civil, Marcelo Tavares, parte da dívida deixada pelo governo Roseana se refere ao não pagamento de precatórios, desde 2012, que somam 555 milhões de reais. “O Maranhão tinha o hábito de pagar seus precatórios em dia, o que deixou de acontecer a partir de 2012”, disse o secretário.
Neste mês, a gestão de Flavio Dino terá que arcar com o pagamento da primeira parcela de um empréstimo contraído com o Bank of America no valor de 110 milhões de reais. O primeiro mês do ano também prevê compromissos de 423 milhões de reais deixados como gastos reconhecidos pelo governo de Roseana Sarney, mas ainda não pagos efetivamente.